sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Postcard from Childhood:

Sonho, sonho meu... onde estás tu? Onde estou eu?
Onde estão os dias descalços e o som dos pedais da bicicleta?
Onde estão os Invernos à lareira e as histórias da avó?
Onde, sonho meu?
Onde está o Peter Pan e a canção de parabéns?
Onde está o grito do golo e as corridas no chão da imaginação?
Parece que sonhei tudo...
Então sonhei-me a mim.

Onde, sonho meu?
Onde estás tu?
Onde estou eu?


Peter Pan é um pequeno rapaz retratado nos contos infantis, que vem da terra da infância eterna, a Terra do Nunca. Wendy é aquela que adiou o fim da idade da inocência para continuar a acreditar nas suas aventuras. Resignava-se aos sinais do corpo que a forçavam a fechar os livros de histórias, continuando a dormir no quarto dos seus irmãos mais novos, Miguel e João. Lembro-me frequentemente daquela passagem em que a jovem se dirige à mãe dizendo: Mas mãe, eu não quero crescer !

Eu também não. Há alguma forma de voar e cruzar o Céu sem a ajuda de máquinas? Se houvesse, seria a primeira a virar na segunda estrela à esquerda, seguindo em frente, até amanhecer.



Tenho saudades de ser criança...

=´(

Agosto/ 08

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Dedicated to all of my friends:


Caixinha de Música:

De madeira envernizada, guarda-jóias, guarda-desejos e com uma pequena bailarina que, ao dançar, emite sons encantados: a minha Caixa de Música ! Encontrei-a esquecida, coberta de pó, coberta de histórias e de ilusões. Como é bom ouvir o seu som e ver rodar a bailarina. As pontas dos seus pés dançam sobre manhãs, tardes e noites de uma vida. A minha Caixa...sempre pronta para ouvir e para guardar vontades.


No entanto, hoje abri-a e não guardava nada. Ou será que eu é que não consegui decifrar a sua música? Não: as divisões estavam vazias e nada restava. Ainda assim, eu só queria continuar a ouvir o seu som vezes e vezes sem conta. O passado pouco importava, por que o que eu precisava era de continuar a ouvir as notas aladas que me levavam a dançar com os Anjos.


Penso que todos deveríamos tentar ser um pouco como a minha Caixa de Música para os nossos iguais: não é necessário saber o passado de alguém para o ajudar. Limita-te a abrir o teu coração e a tua alma, deixando que a música de verdade e sentimento o saiba aconselhar. Há alturas em que o importante não é perguntar, é ouvir. Há alturas em que o importante não é julgar, mas sim fazer ver a realidade. O importante serás tu!
Não precisas de guardar acontecimentos, guarda-te a ti, para que possas sempre tocar a melodia da amizade!




A fantasiar!

=)

Agosto / 08