domingo, 6 de junho de 2010
Eu sou a divina comédia,
A tentação do drama,
O discurso da tragédia.
Eu sou a sátira do poeta,
O alter ego do escritor,
Inevitável marioneta da dor.
Represento a pintura abstracta,
A diversão do papel
A tela em branco,
Pintada pelo melhor pincel.
Eu sou a má criação do oleiro,
Que não me acaba,
Mas imagina perfeita a tempo inteiro.
Eu sou o melhor reflexo do espelho,
Na sua incessante busca da verdade,
Sou um gosto divino,
A melhor cliente da saudade.
Eu sou o vinho no copo,
A sedução do cheiro,
do perfume que coloco.
Eu sou a silhueta do meu coração
Os olhos da verdade
A boca da imaginação.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Passado o momento solene que marca o início dos 7 dias sem noite, larga-se o peso da capa e dá-se lugar à leveza da poeira. O chão do recinto é invadido pelos mesmos milhares que antes encheram o largo da Sé. Pluralidade. O recinto adapta-se a todos os gostos. O palco principal, o secundário e as tendas com vários tipos de batida conseguem satisfazer os desejos musicais de cada um. Pluralidade acima de tudo. O menos importante é o curso que se frequenta. No parque a festa é de todos, afinal, estamos prestes a ser convidados a actuar no maior palco de sempre: a vida. A poeira é levantada vezes sem conta, como se os nossos pés ganhassem vida própria e se quisessem eternizar no lugar.
Dos pés para as mãos e das mãos para a boca. O recinto também oferece comida. Presos às barraquinhas, os estudantes acumulam-se em filas de vontade: vontade de mais pão, de mais cerveja, de mais doces, de mais carne. Mais, sempre mais! Menos é dizer adeus antes do tempo.
Há sempre quem não saiba parar. A vontade de querer mais pode ultrapassar a capacidade do corpo. Na Queima das Fitas, o INEM não deseja que alguém saia queimado. Uma noite no hospital é o caminho certo para aqueles que fazem descarrilar o comboio da sobriedade. O comboio, o verdadeiro, vem cheio de pessoas de outras paragens, que esperam aproveitar a continuação do dia de Coimbra. Esses, os de fora, não o querem dizer, mas sabem que aqui o som toca mais alto e o espírito é mais forte.
Os pais, nesta altura, fazem um esforço suplementar: suportam as viagens, os excessos, os bilhetes e a poeira. Tudo pelo orgulho que sentem em ver os seus vestir a pesada capa. Mais orgulho sentem ainda os que vêem o desfraldar das fitas. Essas mesmas fitas assumem papel de destaque no nome da festa. Dentro da pasta, negra como a capa, figuram pedaços de tecido de várias cores, assinados por quem mais importa. Serão, mais tarde, engolidas pelo fogo, no desejo de início de uma nova etapa. Para avançar é necessário deixar para trás o melhor dos passados. Queimá-lo, aliás. Por que os momentos passam, mas as saudades ficam.”
Excerto da Reportagem de Rádio sobre a Queima das Fitas 2010
S.R. <3
Eu lembro-me de rir.
Eu lembro-me das surpresas.
Lembro-me de irritações, intromissões e opiniões.
Eu lembro-me dos olhares, lembro-me dos jantares, lembro-me dos pensamentos, dos momentos especiais.
Eu lembro-me dos melhores dias da minha vida, das novas conquistas, dos novos conhecimentos.
Eu lembro-me dos teus olhos, da tua boca, das tuas mãos.
Eu lembro-me de sentir a tua alma por entre os dedos.
Lembro-me dos meus medos, dos meus desejos, das minhas vontades.
Eu lembro-me das tuas palavras, das conversas parvas, do teu perfume e da tua voz.
E tu? Estás lembrado?
Um ano passado e o meu sorrido permanece rasgado.
Eu lembro-me de ser feliz. Eu sou feliz contigo.
Agora, 1 ano depois, dois, três, quatro... Ninguém apaga o nosso passado.
Nós construímos juntos o futuro.
Queres lembrar-te?
Amo-te para sempre <3
1 ano <3
1.05.09
S.R. <3
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Caravela:
Sou capaz de ler o passado,
sou capaz de ver o que ficou marcado,
nas leves pegadas que definem o teu chão.
Inundados por rios de mágoa,
Por correntes de solidão,
Navega a minha caravela,
Qual barco à vela,
Movido pelo sopro do coração.
Revelo o meu pensamento,
Não há um segundo, um momento,
Em que não siga o teu vento,
Em que não pense no teu mundo,
Meu viajante,
Meu amor profundo.
A que dá vida à ampulheta.
Queria matá-la! Tirar-lhe esse sustento!
Para quê tal sofrimento?
Quero-te aqui, no meu cais,
Quero-te agora na minha caravela,
Vamos navegar nela,
Vem... Não quero esperar mais.
S.R.<3
Love, love, love...
:)
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Noite Insana:
Quis perfumar o imaginário,
Maquilhei-me ao espelho,
Rasguei o calendário...
Esta noite deitei-me sobre rosas,
Senti os espinhos da realidade,
A sua leve picada
E vi o vestido manchado pelo sangue da saudade...
Esta noite delirei com o passado,
Ansiei o futuro,
Penteei o meu cabelo destroçado...
Esta noite toquei o meu corpo,
Embebedei o coração magoado...
Esta noite acendi velas com fogo de raiva,
Queimei as mãos na distracção do desejado.
Esta noite desenhei-te ao meu lado,
Misturei tintas,
Dilui-as nas lágrimas do que foi pensado...
Esta noite provei veneno,
Correu em mim uma insana essência...
Esta noite senti sim,
Senti a dor plena da tua ausência.
S.R. <3
I'll love you forever <3
:D
domingo, 1 de novembro de 2009
Tu:
Tu!
Tu és o meu abrigo, estás sempre comigo, a tua imagem...
Tu!
As minhas asas,
A minha grande viagem.
Tu!
A minha odisseia, a melhor companhia, a mais bela ideia.
Tu.
S.R. <3
E de repente nos 6 meses! :)
Amo-teeeee :)
1-11-09
sábado, 17 de outubro de 2009
Discurso Sentido:
Pensamos nas nossas decisões, duvidamos delas, optamos por um lado em detrimento de outro. Há que conhecer o reverso da medalha. Há que saber distinguir aquilo que é correcto do que julgamos errado.
É difícil dizer o que é certo ou errado quando amamos alguém. É difícil medir as palavras, as decisões e as consequências. É difícil lidar com a dúvida.
Há bem pouco tempo deixei de analisar as minhas decisões a fundo. Porque é que é errado? Porque é que é certo? Porque é que confio demais, arrisco demais, vou até ao fim? Porque amo demais.
Porque penso que devemos dar tudo a quem nos devolve o sentimento.
Então vou em frente e digo que sim.
Porque tu sabes... Tu sabes que eu nunca faria o discurso habitual,
que nunca diria as palavras habituais: Amo-te; não consigo viver sem ti. Primeiro, porque já sabes que te amo e, para além disso, porque consigo viver sem ti. Sim, eu consigo.
Simplesmente não quero. E acredito que nunca quererei.
S.R. <3
Sendo assim ...
<3
:)